O alto índice de vítimas de violência doméstica que desistem do processo contra seus agressores possuem ligação com a dependência financeira, falta de apoio e condições para se manter fora do lar até que as medidas necessárias sejam tomadas. A partir desse cenário, a Polícia Militar de Gaúcha do Norte procurou a Secretaria Municipal de Assistência Social para firmar parceria e juntos criarem a Rede de Atendimento e Proteção à Vítima de Violência Doméstica. A Rede também envolve a Secretaria Municipal de Saúde e a Polícia Civil.

O primeiro encontro aconteceu na última semana, onde o comandante do NPM, o 3° Sargento PM Ruggeri, a primeira dama e secretária de Assistência Social e de Administração, Neusa Petrekic, e demais representantes da pasta social alinharam como a Rede deve funcionar. Mecanismo de apoio assistencial a vítima que precisa sair do lar do agressor, apoio psicológico, de acordo com o perfil da vítima encaminha-la para próximo da família e lar temporário para a vítima se manter segura na continuidade da ação penal foram assuntos abordados durante o encontro.

Com o registro da ocorrência policial, as vítimas em situação de risco serão retiradas do convívio do agressor e acolhidas por profissionais capacitados, informada sobre seus direitos e encaminhada para os serviços necessários, como apoio social e psicológico e encaminhada para um lar temporário.

“O grande índice de ocorrência dessa natureza no município chamou nossa atenção e a rede vem para proporcionar um melhor atendimento à vítima pós ocorrência e para tentar diminuir a reincidência dos agressores. Fizemos uma análise e identificamos um padrão de vítimas desses crimes e normalmente as vítimas são economicamente dependentes do agressor e isso dificulta com que a vítima dê continuidade ao procedimento pré-processual ou até mesmo processual”, apontou o comandante.